Incidentes de segurança da informação: a prevenção começa com o gerenciamento de vulnerabilidades

Incidentes de segurança da informação podem comprometer dados e operações. Saiba como o gerenciamento de vulnerabilidades protege a empresa

Os incidentes de segurança da informação estão longe de ser eventos isolados. A cada ano, empresas de todos os portes enfrentam violações que comprometem dados sensíveis, geram prejuízos financeiros e abalam a confiança de clientes. Mais do que uma preocupação técnica, essas ocorrências demonstram a importância das estratégias proativas, e o gerenciamento de vulnerabilidades é a primeira linha de defesa.

As ameaças podem surgir por falhas de software, configurações inadequadas ou pelo uso descuidado de sistemas e dispositivos. Quando ignoradas, essas brechas tornam-se caminho livre para hackers e golpistas. Por isso, monitorar e corrigir essas falhas de forma contínua e preventiva são medidas prioritárias para as organizações.

Ao longo deste artigo, vamos detalhar como os incidentes de segurança acontecem, por que o gerenciamento de vulnerabilidades é essencial e quais práticas podem reduzir a exposição a riscos digitais. Continue a leitura!

O que são incidentes de segurança da informação?

Um incidente de segurança da informação é qualquer evento que comprometa a confidencialidade, integridade ou disponibilidade de dados, sistemas ou recursos digitais. Isso inclui desde invasões maliciosas, como ransomware e phishing, até falhas operacionais, como configurações inadequadas ou acesso não autorizado acidental.

Vale a pena destacar que as ameaças não ocorrem apenas por conta de ataques externos; elas podem surgir de erros internos, terceiros não confiáveis ou até mesmo de atualizações mal implementadas. Assim, os incidentes decorrem de situações que expõem a empresa a riscos, exigindo ação imediata de cibersegurança para mitigar danos.

Em 2024, uma média de 467 mil arquivos maliciosos foram detectados por dia pela Kaspersky. Segundo a empresa, esse número representa uma alta de 14% em relação ao ano anterior.

Para enfrentar esse desafio, é preciso desenvolver medidas efetivas para o gerenciamento de incidentes de segurança. Não existe um plano de enfrentamento que funcione como uma receita pronta, mas existem algumas ações básicas que precisam ser coordenadas para mitigar os riscos cibernéticos. Confira os principais passos!

  1. Identificação: reconhecer a ocorrência e avaliar seu escopo, determinando quais sistemas ou dados foram afetados.
  2. Contenção: isolar o problema para impedir que ele se propague, restringindo o acesso a recursos comprometidos.
  3. Erradicação: remover completamente a vulnerabilidade e qualquer código malicioso que possa estar em operação.
  4. Recuperação: restaurar sistemas e dados, garantindo que as falhas estejam corrigidas e tudo funcione conforme esperado.
  5. Análise pós-incidente: investigar as causas, avaliar a eficiência das ações tomadas e ajustar as políticas de segurança para prevenir novos incidentes.

Quando bem-estruturadas e implantadas, essas etapas consolidam um ciclo de boas práticas que fortalecem a resiliência cibernética da empresa. As ações não precisam ser estabelecidas com essa mesma linearidade, o importante é instituir mecanismos básicos de prevenção e resposta, como atualizações regulares e conscientização de usuários.

A comunicação é um dos recursos que precisa estar presente em todas as etapas. Ferramentas que automatizam notificações melhoram a capacidade de resposta a essas ocorrências, agilizando a resolução dos problemas e reduzindo os impactos negativos. Por exemplo, ao implantar as soluções da act digital, uma das maiores operadoras de telefonia do Brasil adotou um sistema automático para comunicação dos incidentes de segurança, integrando as áreas responsáveis por atender os chamados.

A implementação da ferramenta de comunicação para incidentes de segurança mudou os procedimentos informativos da empresa, eliminando totalmente o uso de contatos telefônicos. As notificações de ocorrências passaram a ser transmitidas diretamente entre os sistemas, o que proporcionou maior agilidade aos processos.

A implementação da ferramenta de comunicação para incidentes de segurança mudou os procedimentos informativos da empresa, eliminando totalmente o uso de contatos telefônicos. As notificações de ocorrências passaram a ser transmitidas diretamente entre os sistemas, o que proporcionou maior agilidade aos processos.

Quais são os incidentes de segurança mais comuns?

Conhecer os tipos de incidentes de segurança mais frequentes é fundamental para direcionar esforços de prevenção e resposta. Embora as ameaças evoluam constantemente, algumas se destacam pela recorrência e impacto.

  • Phishing: a abordagem é feita a partir do envio de e-mails ou mensagens falsas que imitam comunicações legítimas, com o objetivo de enganar o usuário e coletar dados confidenciais (como senhas, cartões de crédito e informações pessoais).
  • Ransomware: é um tipo de malware que sequestra dados, criptografando arquivos e exigindo pagamento de resgate para restaurá-los. Pode paralisar operações de forma crítica, afetando sistemas inteiros.
  • Ataques de força bruta (brute force): abrangem as tentativas automatizadas de descobrir senhas por meio de combinações sucessivas. O uso de senhas fracas e repetidas é uma das vulnerabilidades exploradas nesse tipo de incidente.
  • DDoS (Ataques de Negação de Serviço Distribuídos): são ataques que sobrecarregam servidores ou redes com um grande volume de tráfego, gerando instabilidade ou mesmo a interrupção total de serviços e sites.
  • Invasão a servidores e sistemas: consiste na exploração de falhas de software, vulnerabilidades ou configurações inadequadas para obter acesso não autorizado e, muitas vezes, roubar ou corromper dados.
  • Uso indevido de credenciais: ocorre quando usuários legítimos, por descuido ou má intenção, fornecem acessos além do necessário ou compartilham credenciais, abrindo caminho para acessos indevidos.

Quais são as principais causas dos incidentes de segurança?

Os incidentes de segurança da informação podem ter origens diversas, desde falhas internas até ataques sofisticados conduzidos por criminosos. Entender essas causas é essencial para reduzir vulnerabilidades e fortalecer a proteção dos dados. A seguir, exploramos os principais fatores que levam a esses incidentes e os impactos que podem gerar.

Causas internas

Muitos incidentes são resultado de erros dentro da própria organização. Veja quais são os principais fatores.

  • Erro humano: ações acidentais, como envio de dados para destinatários errados ou uso de senhas fracas.
  • Negligência: descuido no manuseio de informações sensíveis ou falta de atualização de sistemas.
  • Falta de treinamento: desconhecimento sobre boas práticas de segurança, tornando os funcionários mais vulneráveis a golpes como phishing.
  • Ausência de cultura de segurança da informação: ambiente em que falta conscientização coletiva sobre a importância de proteger dados, o que incentiva comportamentos arriscados e aumenta a exposição a ameaças.

Causas externas

As ameaças externas são conduzidas por agentes mal-intencionados que exploram brechas para comprometer sistemas e roubar dados. Os principais riscos incluem ações criminosas.

  • Malware: programas maliciosos projetados para infectar dispositivos e roubar ou criptografar informações.
  • Ataques direcionados: estratégias como engenharia social ou invasão de sistemas para obter acesso indevido.
  • Exploração de vulnerabilidades: falhas em softwares ou configurações que permitem ataques automatizados.

Quais são os impactos de um incidente de segurança?

Os incidentes de segurança da informação podem gerar consequências severas para empresas de todos os tamanhos. Além dos prejuízos financeiros, as organizações podem sofrer penalidades legais, danos à reputação e impactos operacionais que comprometem a continuidade do negócio.

Impactos financeiros

O custo de um incidente de segurança pode ser alto. Empresas que sofrem ataques cibernéticos muitas vezes precisam arcar com custos elevados, seja por conta de prejuízos, penalidades ou correção dos problemas. Por exemplo:

  • multas e sanções por descumprimento de normas como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD);
  • resgate de dados (ransomware), caso optem por pagar criminosos para recuperar informações criptografadas;
  • perda de receita devido à interrupção das operações;
  • investimentos emergenciais em recuperação de sistemas e reforço da segurança

Impactos legais

A segurança da informação está diretamente ligada à conformidade regulatória. O vazamento de dados pessoais ou informações sigilosas pode levar a:

  • processos judiciais movidos por clientes ou parceiros afetados;
  • penalizações de órgãos reguladores, especialmente em setores que lidam com dados sensíveis;
  • exigências de auditoria e compliance para corrigir falhas e evitar novos incidentes.

Impactos reputacionais

A confiança do público é um dos ativos mais difíceis de recuperar após um incidente de segurança. Alguns dos principais danos à reputação incluem:

  • perda de credibilidade junto a clientes, parceiros e investidores;
  • crises de imagem, que podem ganhar grande repercussão nas redes sociais e na imprensa;
  • desvalorização da marca, tornando-a menos atrativa no mercado.

Impactos operacionais

Além dos prejuízos financeiros e reputacionais, os incidentes podem comprometer a continuidade das operações. Entre os principais problemas estão:

  • paralisação de sistemas, impedindo processos essenciais para o funcionamento da empresa;
  • tempo de resposta elevado, dificultando a retomada das atividades;
  • perda de dados críticos, impactando desde registros financeiros até informações estratégicas.

O que é e qual a importância do gerenciamento de vulnerabilidades?

O gerenciamento de vulnerabilidades é um processo contínuo que identifica, avalia e corrige falhas de segurança em sistemas, redes e aplicativos. Seu objetivo é manter um ambiente seguro, minimizando o risco de incidentes de segurança da informação e reduzindo possíveis impactos financeiros, legais, reputacionais e operacionais.

A base desse processo está na análise constante de sistemas, na identificação de pontos fracos e na priorização de correções. Para isso, utilizam-se ferramentas e técnicas como varreduras automatizadas, testes de penetração e monitoramento contínuo, sempre alinhados a políticas internas de segurança.

O ciclo é basicamente composto de processos que envolvem identificação, avaliação e correção. No gerenciamento, é fundamental adotar as ferramentas e condutas adequadas para cada um desses objetivos, com foco em acelerar a capacidade de resposta da empresa em relação aos riscos cibernéticos.

A importância do gerenciamento de vulnerabilidades está diretamente ligada à capacidade de prevenção. Ao detectar e corrigir pontos vulneráveis antes que sejam explorados, é possível evitar incidentes de segurança mais graves e minimizar interrupções nas operações. Além disso, o processo contribui para o cumprimento de normas de proteção de dados, fortalecendo a confiança de clientes, parceiros e investidores.

Uma solução completa de gerenciamento de vulnerabilidades permite que a organização consiga identificar as ameaças rapidamente para adotar as medidas de contenção necessárias no menor prazo possível. Esse trabalho envolve a estruturação de processos essenciais associados à adoção de ferramentas eficientes e alinhamento entre as equipes de trabalho.

A act digital desenvolveu uma solução completa para um dos maiores bancos do Brasil. O projeto envolveu:

  • identificação e priorização das vulnerabilidades;
  • ações de mitigação;
  • implementação e verificação de patches (atualizações de softwares);
  • monitoramento contínuo;
  • auditoria de segurança.

Com os processos e tecnologias estruturados, a instituição financeira aumentou em 30% o índice de correção de vulnerabilidades, tornando as ações de cibersegurança mais efetivas.

Dica: boas práticas para prevenir incidentes de segurança

A prevenção é a melhor estratégia para reduzir riscos e garantir a proteção dos dados. Adotar boas práticas de segurança da informação não apenas minimiza vulnerabilidades, mas também fortalece a postura defensiva da empresa contra ataques cibernéticos. Confira as principais medidas para prevenir incidentes.

Gerenciamento de vulnerabilidades

A identificação e correção de falhas em sistemas são etapas essenciais para evitar brechas de segurança. Esse trabalho envolve ações como:

  • realizar varreduras regulares para detectar vulnerabilidades;
  • manter softwares e sistemas atualizados, reduzindo riscos de exploração de falhas conhecidas;
  • priorizar correções com base no nível de criticidade de cada vulnerabilidade;
  • implementar testes de segurança periódicos.

Políticas de segurança e treinamento de equipes

A segurança da informação não depende apenas de tecnologia, mas também de pessoas. Algumas ações fundamentais incluem:

  • criar e aplicar políticas de segurança para definir regras de uso de sistemas e proteção de dados;
  • treinar equipes regularmente, capacitando os funcionários a reconhecer e evitar ameaças como phishing e engenharia social;
  • restringir acessos com base no princípio do menor privilégio, garantindo que cada colaborador tenha apenas as permissões necessárias para suas funções.

Ferramentas de monitoramento e análise de comportamento

O uso de tecnologias especializadas ajuda a detectar e responder rapidamente a atividades suspeitas. A escolha das ferramentas deve ser feita de forma personalizada, considerando a realidade de cada organização. Entre os recursos mais utilizados, destacam-se:

  • SIEM (Software de Gerenciamento de Eventos de Segurança);
  • UBA (Análise do Comportamento do Usuário);
  • EDR (Endpoint Detection and Response);
  • SOC (Security Operation Center);
  • Sistemas de prevenção e detecção de intrusões (IDS/IPS);
  • Ferramentas de prevenção de perda de dados (DLP).

Além desses recursos, existem outras medidas básicas que podem ser fortalecidas, como a realização de backup inteligente; adoção de antivírus e firewalls; ferramentas de criptografia; softwares de gerenciamento de senhas; etc.

Planos de contingência e resposta a incidentes

Mesmo com medidas preventivas, incidentes podem ocorrer. Ter um plano estruturado reduz os impactos e acelera a recuperação. Boas práticas incluem:

  • definir um plano de resposta a incidentes, detalhando as etapas de contenção, mitigação e recuperação;
  • testar regularmente o plano, garantindo que a equipe saiba como agir em diferentes cenários;
  • manter backups atualizados e armazenados de forma segura, permitindo a restauração rápida de dados em caso de ataque.

Com o avança da digitalização, os incidentes de segurança da informação se tornaram ameaças crescentes. Nesse contexto, os investimentos em prevenção e o gerenciamento de vulnerabilidades são indispensáveis para garantir a proteção contínua das organizações. Precisa fortalecer a resiliência cibernética da sua empresa? Entre em contato com nossos especialistas.

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